sexta-feira, 23 de maio de 2014

Eduardo G. Junior In 
23 de Maio de 2014
Arão, heb. Brilhante.

Filho de Anrão e Joquebede (Êx.6:20), e descendente de Levi (1Cr.6:1-3). Tinha uma irmã mais velha, Miriam (Êx.7:7; cf. Êx.2:4), e um irmão mais novo, Moisés (Êx.7:7). Casou com Eliseba, filha de Aminadabe, da tribo de Judá, que lhe deu quatro filhos, Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar (Êx.6:23).

Arão aparece na narrativa bíblica quando o Senhor o envia desde o Egipto para se reunir com o seu irmão Moisés no Monte Horeb (Êx.4:27). Aí os dois conferenciaram sobre a volta ao Egipto a fim de efectuar a libertação do seu povo do cativeiro (Ex.4:28). O Senhor tinha já aparecido a Moisés, indicando-lhe que Arão seria o seu porta-voz na nova missão (Êx.4:14-16). A partir dessa altura os dois irmão trabalharam lado a lado para garantir a liberdade para o seu povo oprimido (Êx.4:29-30; etc.).


Mesmo depois da saída do Egipto Arão continuou, pelo menos algumas vezes, como porta-voz de Moisés para os filhos de Israel (Êx.16:9,10). Em Refidim, a pouca distância do deserto de Sin, Arão e Hur sustentaram os braços levantados de Moisés na batalha vitoriosa com um grupo de Amalequitas (Êx.17:12).

Durante a estadia junto ao Monte Sinai, a Arão e aos seus filhos Nadab e Abiú, juntamente com 70 dos anciãos de Israel, foi dado o privilégio especial de acompanharem Moisés para além do limite na base da montanha do qual o povo normalmente não deveria transpor (Êx.24:1-11). Durante a ausência prolongada de Moisés do acampamento, Arão condescendeu com a exigência do povo de terem "deuses" visíveis ao fazer um bezerro de ouro e liderando a sua adoração (Ex 32:1-35).Enquanto os Israelitas estavam ainda acampados no Sinai, Arão e os seus filhos foram nomeados e consagrados para servir como sacerdotes no santuário (Êx.28:40; Êx.29:37; Êx.40:13-16; Lv.8:1-36).

Arão serviu como sumo-sacerdote durante 38 anos, até alguns meses antes da entrada em Canaan (Nm.20:22-29). Logo após a partida do Sinai, Arão e Miriam juntaram-se na oposição a Moisés como comandante supremo de Israel, sob a orientação de Deus, e reclamaram para eles uma voz na administração da nação. Deus activamente repreendeu os dois que tinham tido a audácia de desafiar aquele que Ele tinha nomeado líder (Nm.12:1-15).

Algum tempo depois um grupo de Levitas descontentes uniram forças com certos homens da tribo de Rúben, e outros, numa revolta contra a liderança de Moisés e Arão, e mais uma vez Deus demonstrou quem eram os Seus líderes escolhidos (Nm.16:1-50).

Para que não houvesse nenhuma sombra de dúvida em relação ao facto que tinha sido Deus a nomear Arão para tomar conta da vida religiosa da nação, Deus o demonstrou ao fazer com que a vara de Arão florescesse, e gerasse amêndoas de um dia para o outro (Nm.17:1-13).


Perto do fim dos 40 anos no deserto, quase na fronteira com Canaan, Arão juntou-se a Moisés numa demonstração de impaciência em Cades, onde Moisés impetuosamente feriu a rocha de onde água iria fluir para o povo. Como resultado desta atitude, aos dois irmãos foi barrada a entrada na Terra da Promessa (Nm.20-7-13).

Pouco tempo depois da experiência em Cades o povo de Israel levantou acampamento e viajou em redor da fronteira de Edom, tendo-lhes sido recusada permissão para usar uma rota mais directa através do território daquele país.

Durante essa viagem o Senhor fez saber a Moisés e Arão que este se devia preparar para cessar as suas funções e morrer (Nm.20:22-24; cf. Dt.10:6).

Por ordem divina as vestes do sumo-sacerdote foram tiradas de Arão e colocadas no seu filho Eleazar, simbolizando a sua sucessão ao seu pai como sumo-sacerdote (Nm.20:25-28).

Arão morreu com a idade de 123 anos (cf. Ex.7:7; Dt.34:7), e foi sepultado no Monte Hor na fronteira de Edom (Nm.20:27,28; Nm.33:37-39; Dt.32:50), o qual ainda não foi identificado. Israel chorou a sua morte por um período de 30 dias (Nm.20:29).