segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Droga Zumbi canibalismo e morte.

Substância faz de usuários 'zumbis'
A substância originária da China é uma droga sintética que leva os consumidores a comportamentos paranóicos e, inclusive, a comerem partes do próprio corpo ou a atacarem outras pessoas.
Os efeitos da droga ainda são pouco conhecidos e ela não é produzida no Brasil. O impacto, segundo a Polícia, é semelhante ao do MDMA (abreviação de metilenodioxi-metanfetamina), também com princípio ativo do ecstasy. “A metilona tem efeitos ainda mais perigosos, pois causa no usuário o efeito do canibalismo, segundo relatos que levantamos fora no Brasil, mais precisamente nos EUA, em Miami”,

Chamada de “cloud nine” nos Estados Unidos, a droga foi alvo de debate em 2012, após um rapaz, sob efeito do alucinógeno, ter atacado um morador de rua e comido seu nariz, olhos e boca.

Quem usa esse tipo de droga — que tem apresentação em forma de cristais (daí os tais sais de banho que batizam a maioria dos modelos vendidos no Brasil) ou pó similar à cocaína — sente, em um primeiro momento, um aumento considerável na libido e na sociabilidade. No entanto, poucos minutos depois, já é invadido por um quadro de agressividade incontrolável, acompanhado de psicose grave que gera alucinações severas, como no caso do ataque americano.
Para a psiquiatra Fernanda de Paula Ramos, especialista em dependência química, a psicose é o traço mais perigoso da droga, que é vendida na internet em sites estrangeiros por preços que variam entre R$ 250 a R$ 650 o saquinho com 4g.
— As catinonas também são vendidas como sais de banho, fertilizantes ou repelentes de inseto, numa tentativa de mostrar que são inofensivas e que têm outra finalidade. As mais comuns são a mefredona, a metilona e o MDPV, todas proibidas no Brasil desde 2012. Podem ser cheiradas, usadas via oral ou injetadas, e não são detectáveis na urina. Por isso, os pacientes chegam à emergência e nós, médicos, não temos como ter ideia de que usaram isso, a menos que eles nos digam.
Vendidos como parentes industrializados da maconha, os canabinoides sintéticos constituem outra categoria também capaz de arrasar corpo e mente dos usuários. Causam, entre outros sintomas, quadros de infarto, AVC, danos renais, crises de pânico, psicose e até mesmo a morte.
— Temos relatos de colegas que trabalham em pronto-socorro que dão conta de que houve um aumento de 30% nos atendimentos em relação ao que acontecia apenas com a maconha. Trata-se de uma designer drug, que tem como única finalidade “dar barato”, ser uma droga de abuso. Também é vendida na internet, e traz no rótulo a informação de que não é própria para consumo humano, a fim de burlar fiscalização.
Jovens sobre o efeito da Droga Zumbi.
De acordo com Fernanda, 91,3% dos usuários de canabinoides sintéticos também fazem uso da maconha. A psiquiatra conta que os primeiros dados sobre a existência do spice são de 2004, e que até 2014 já havia o registro de novos 134 canabinoides sintéticos — desses, 101 criados só no ano passado.
— Os fabricantes mudam um átomo, uma única molécula da composição, e aí, com isso, a substância não consta mais na lista de proibidas. Há histórias de carregamentos da droga apreendidos, mas em que nada pôde ser feito.
Sérgio Silva.
Palestrante DIPE DENARC
Agente Multiplicador  formado pela Policia Civil de SP




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