domingo, 17 de abril de 2016

Divisão de Prevenção e Educação - DIPE

Divisão de Prevenção e Educação - DIPE

O uso abusivo de drogas envolve vários setores da sociedade, tais como, jurídico, policiais, médicos, educacionais, ocupacionais, familiares, entre outros. 
Muitos acontecimentos violentos e rupturas sociais estão relacionados ao uso e abuso de álcool e outras drogas, os quais podemos citar: homicídios, atropelamentos, acidentes de trânsito, brigas, dentre outros.

Drogas, Educação, Prevenção, Redução e danos.
Sérgio Silva. Palestrante e orientador

Casal Ventosa, do antigo bairro em Portugal.
Imagens realizada pela equipe de jornalismo da Rede recorde de TV.
Todo matéria usada somente para fins de orientação e prevenção ao uso indevido de drogas e entorpecestes.

Prevenção do uso indevido de drogas
Considerando a relação entre o indivíduo e a droga é possível pensar em três estratégias preventivas: 1) diminuir a oferta do produto; 2) diminuir a demanda por parte do usuário; e 3) influir sobre as circunstâncias favorecedoras da oferta e da procura1.
A primeira estratégia implica principalmente em ações de repressão, voltadas para a redução da disponibilidade dessas substâncias. A segunda concentra-se na ação educativa por meio de intervenções de caráter pedagógico. A terceira estratégia é chamada atualmente de intervenção estrutural, realizada por meio de medidas visando minimizar ou neutralizar o impacto dos fatores relacionados ao risco ou à proteção, agindo predominantemente na interface oferta/demanda. Segundo Blankenship et al.2, o termo "estrutural" se refere a intervenções que visam à alteração do contexto no qual a saúde é produzida ou reproduzida.

                      Posturas e modelos de intervenção



Existem duas posturas básicas diante do problema do uso e abuso das substâncias psicoativas: a tradicional, ou "guerra às drogas", e a "redução de danos".
Na abordagem tradicional, a maior concentração de esforços se dá na redução da oferta, ou seja, redução da disponibilidade dos produtos. No campo da redução de demanda, enfatiza-se a transmissão de informações pautadas pelo amedrontamento e apelo moral, utilizando técnicas que poderiam ser resumidas à persuasão dos indivíduos para a abstinência, o slogan: "Diga não às drogas". Não há uma preocupação com as diferentes formas de uso ou com a abordagem dos fatores facilitadores do abuso de psicotrópicos11, 12. As ações de transmissão de informações seguem, em geral, o modelo educativo de aprendizado passivo. Muitas vezes, e isto também se refere às escolas brasileiras, as intervenções são pontuais, na forma de palestras11, 13.
Outros modelos de intervenção, ainda na abordagem tradicional, propõem aulas semanais curriculares destinadas aos alunos dos últimos anos da escola elementar. É o caso do "Modelo de treinamento para resistir". O seu representante clássico é o projeto Drug Abuse Resistence Education (Dare), adotado por cerca de 50% das escolas locais dos Estados Unidos. Este tem por objetivo o treinamento para resistir às pressões de envolvimento com drogas, exercidas por grupos de pares, pela mídia e até pelos pais. Inclui uma série de exercícios e atividades em sala de aula que ensinam ao estudante: recusar, esquivar-se, não ceder diante da oferta de drogas. Este programa é aplicado por membros do próprio projeto, muitas vezes policiais. Os resultados das avaliações apontam para algum ganho significativo imediato, tanto no conhecimento como na redução do padrão de uso de drogas, mas ao contrário da aquisição de conhecimento, não há redução do uso de drogas nas avaliações após um ano ou mais. Em alguns subgrupos, por exemplo os de indivíduos masculinos negros e hispânicos, houve aumento do uso de substâncias14.
Além do projeto Dare, os outros projetos que se encaixam no "Modelo de treinamento para resistir" também foram bastante avaliados. Os resultados apontam para algum ganho significativo imediato, tanto no conhecimento como no padrão de uso de drogas, mas este não se mantém nas avaliações após um ano ou mais tempo do término das aulas15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23. Os resultados foram melhores para as meninas24 e piores para os meninos, em alguns aspectos, por vezes, contraproducentes15, 16, 17.
O projeto Dare começou a ser aplicado no Brasil com o nome de Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) e, assim como nos EUA, foi aplicado principalmente por policiais. A figura do policial pode carregar representações simbólicas diversas em diferentes países ou diferentes contextos sócio-econômico-culturais, e no Brasil essa nem sempre é positiva. Além disso, a falta de adaptação cultural tanto do conteúdo como da estratégia didática compromete ainda mais a aplicação desse modelo no Brasil11, 25.
Após décadas de existência, acumulam-se críticas à política de "guerra às drogas". Escohotado26 constata que:O [slogan] "diga não às drogas" entra por um ouvido e sai por outro, funcionando como estímulo indireto.

Os efeitos da substância Meldonium

15/03/2016 09h19 - Atualizado em 16/03/2016 15h22

O doping de Sharapova: entenda os efeitos da substância Meldonium

Estudos científicos afirmam que ela aumenta a capacidade do corpo de produzir energia, acelerar a recuperação e melhorar a memória e o aprendizado motor

Por São PauloPalestrante Sérgio SilvaAgente DIPEPesquisa e orientação.
Esta semana repercutiu no mundo do esporte um novo caso de doping que gerou surpresa e muitas indagações. A tenista russa Maria Sharapova, uma das maiores atletas da modalidade, foi flagrada com uma substância desconhecida no próprio dicionário dos remédios proibidos.
Maria Sharapova tênis coletiva (Foto: Kevork Djansezian/Getty Images)Maria Sharapova anuncia em coletiva ter sido flagrada no exame antidoping (Foto: Kevork Djansezian/Getty Images)
Desta vez não se trata de esteroides anabolizantes, estimulantes, diuréticos nem nada conhecido. A droga detectada foi o Meldonium, uma substância que nunca apareceu em nenhuma notícia de doping até então. De onde surgiu esta nova substância e o que ela proporciona em termos de melhora de performance para ser proibida?
Na verdade, apesar de ser desconhecida da opinião pública, o Meldonium já era um “velho conhecido” no mundo da ciência. Como medicamento, o “mildronato”, que é o princípio ativo da droga, foi desenvolvido em 1970, sendo indicado como coadjuvante do tratamento de algumas doenças, como isquemia do coração, doenças neurodegenerativas, pulmonares e doenças do sistema imunológico.
Maria Sharapova WTA Acapulco (Foto: EFE)Tenista russa fazia uso da substância proibida há 10 anos (Foto: EFE)
Em 2015, um trabalho publicado na revista científica “Drug and Testing Analysis” por um grupo de pesquisa da Universidade de Colônia, na Alemanha, alertava para o fato de a substância ter também efeitos ergogênicos de melhora de performance. Segundo os próprios pesquisadores, o Meldonium já estava sendo monitorado pela Agência Mundial Antidoping (WADA) durante os últimos tempos.
Seus efeitos foram demonstrados em alguns estudos científicos e apontavam para uma melhora da capacidade de produzir energia a partir da queima de carboidratos, melhora da recuperação após o exercício e, curiosamente, um benefício de melhora de “memória e aprendizado” motores, benefício este muito interessante para o desempenho esportivo. Vale sempre lembrar que estes são efeitos farmacológicos, e portanto caracterizam o conceito de doping.
A droga foi então incorporada à lista de substâncias proibidas em janeiro deste ano. Antes desta proibição formal, a decisão havia sido várias vezes comunicada às federações e individualmente aos próprios atletas.

No ano olímpico que vivenciamos, com cobranças ainda maiores por melhora de desempenho, infelizmente podemos esperar por mais notícias semelhantes, pois o uso de substâncias proibidas no esporte ainda está muito longe de acabar.
Fica difícil entender como uma atleta como a Sharapova alega não saber desta proibição e ter sido flagrada. Pior ainda é sua declaração de que usava o Meldonium nos últimos dez anos, uma verdadeira confissão de culpa de uso de substância para melhora farmacológica de desempenho.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com

sábado, 16 de abril de 2016

Aspectos do uso de drogas e intorpecentes entre os jovens.

Sérgio Silva.

Palestrante e orientador da Divisão de Prevenção e educador contra uso indevido de drogas e entorpecentes. DIPE.
policia Civil do Estado de São Paulo


Muitos estudos demonstram o crescimento alarmante do uso de drogas entre os adolescentes e jovens, de modo que este se desvela enquanto um importante problema social. Pela complexidade do fenômeno, seu enfrentamento requer programas de prevenção e combate bem articulados com vários seguimentos da sociedade.
A dependência de drogas é um dos temas de grande preocupação nacional e internacional, devido não só aos danos causados a saúde individual e coletiva, mas também pelo impacto em toda a sociedade, exigindo para sua prevenção e enfrentamento a adoção de políticas e ações articuladas que visem minimizar as conseqüências deste tão relevante problema social, bem como conscientizar a população sobre o tema em questão.
Um dos grandes problemas das drogas é a sensação que elas causam no organismo dos usuários tornando-os dependentes. A droga dá prazer. É devido a esse fato que aqueles que usam uma vez, sempre voltam a usar (Herculano-Houzel, 2003, p.87), porém esses não conhecem no primeiro contato os estragos que as mesmas causam com seu uso contínuo, prejudicando o seu estado físico, psíquico e social.No Brasil foram criados, nos últimos anos, serviços voltados para prevenção de dependência e combate ao tráfico de drogas ilícitas, a exemplo da aprovação da Lei número 11.343/2006 que entre outras ações institui o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, que tem por finalidade articular, integrar, organizar e coordenar as atividades de prevenção, tratamento e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como as de repressão ao tráfico das mesmas (SENAD).

3. OBJETIVOS

Objetivo geral:
Diagnosticar o envolvimento de adolescentes e jovens com drogas na cidade de Ferraz de Vasconcelos, visando subsídios para a criação de programas locais de prevenção e redução de danos deste problema social.
Objetivos específicos:
  • Realizar um diagnóstico sobre o uso e abuso de drogas e álcool entre adolescentes na cidade de Ferraz de Vasconcelos, tomando por base estudantes dos Colégio Municipal ;
  • Identificar quais são as drogas mais utilizadas entre os adolescentes na cidade de Ferraz Levantar dados confiáveis para implantação de programas de prevenção ao uso de drogas entre adolescentes desta cidade;
  • Compreender os fatores que levam os adolescentes ao uso de drogas